domingo, 29 de maio de 2011

Desenvolvimento Moral

O raciocínio moral refere-se ao modo como consideramos certo ou errado determinado acto.
Segundo Piaget, a criança passa por uma fase pré-moral, caracterizada pela anomia, coincidindo com o "egocentrismo" infantil e que vai até aproximadamente 4 ou 5 anos. Gradualmente, a criança vai entrando na fase da moral heterónoma e caminha gradualmente para a fase autónoma.
·         Na moralidade heterónoma, os deveres são vistos como algo externo. A lei e a regra vêm do exterior, do outro e estão sempre inerentes a um ser superior. O indivíduo obedece às regras por medo da punição.
·         Quanto à moralidade autónoma, o indivíduo adquire a consciência moral. Os deveres são cumpridos com consciência de sua necessidade e significação. Possui princípios éticos e morais.


Kohlberg trouxe consigo uma nova teoria: a Teoria dos 6 estádios. Estes estádios inseriam-se em 3 níveis: Moralidade pré-convencional, convencional e pós-convencional.
O estádio I e II inserem-se na Moralidade Pré-convencional (infância):
·         No estádio I comportamento tem como base o desejo de evitar uma punição física, por parte de um poder superior (pais para filhos), existindo uma grande preocupação principalmente individual. Desta forma o indivíduo recorre a obediência. 

·         No estádio II o comportamento é direccionado para o outro, mas com intenção de tirar vantagem ou ter sucesso. Tem como desejo satisfazer as suas necessidades. A relação entre o bem e o mal é definida consoante as suas necessidades, utilizando para isso todo o tipo de esquemas enganosos, evitando ser apanhado. Existe um claro desrespeito pelas necessidades do outro.


 
O estádio III e IV inserem-se na Moralidade Convencional (adolescência):
·        O estádio III é definido por um conformismo social tornando-se mais abrangente. O indivíduo desenvolve uma maior preocupação com o que os outros pensam. Toma as suas decisões em função da maioria.
·        Durante o estádio IV, o indivíduo resolve os seus problemas com base nas convenções sociais ou paradigma vigente. Acredita piamente que as regras, valores e leis sociais são para ser cumpridas. Deve ser aplicada a lei independentemente do dilema, o que cria grandes dificuldades quando uma dessas leis põe em causa os direitos ou dignidade do homem.

Os estádios V e VI inserem-se na Moralidade pós convencional:
·         No estádio V o indivíduo rege o seu comportamento em princípios sociais que podem ser aplicados universalmente. Para si nada do que está escrito é absoluto e deve ser alterado quando há concordância de todos ou põe em causa conceitos universais como justiça, liberdade, igualdade de direitos ou o homem como indivíduo.
·         No estádio VI o indivíduo orienta a sua conduta por valores éticos universais, valores esses que carecem de ser escritos e estão acima de qualquer lei. Existe uma procura em satisfazer as expectativas dos outros.

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